Apae realiza encontro de formação para todos os profissionais
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Lajeado esteve fechada para atendimentos na tarde de segunda-feira (06). Era momento daqueles que cuidam dos outros, dedicarem um tempo para cuidarem deles mesmos e aprenderem mais sobre o amor e o autocuidado. Realizado pela Incluir Centro Educacional, os profissionais da Apae participaram de um encontro na Acil com o tema: “Um ano novo, um novo caminho e muitas possibilidades para nós”.
A formação trabalhou com os três eixos principais da Apae: educação, saúde e assistência social. Segundo o psicopedagogo, sócio proprietário da Incluir, Alberto Moura, a diretoria, coordenação e direção da Apae propuseram o encontro, pensando no bem-estar do grupo quando carinhosamente organizaram uma formação que não trouxesse só conteúdo, mas algo diferente. “A Apae tem como missão trabalhar amor dentro de suas práticas de intervenções clínicas e pedagógicas, no atendimento com famílias, público e comunidade em geral e essa formação vai ao encontro ao principal tema do ano, que é trazer para nós a mudança de paradigmas, de percepção e de práticas”.
A diretora Ana Paula Rech afirma que o encontro marcou o início da formação de Análise do Comportamento Aplicado (ABA) para todos os profissionais apaenos. O encontro teve uma temática voltada ao relaxamento, reflexão e autoconhecimento. “Conseguimos aprender a identificar sentimentos que justificam certos comportamentos e entendemos o quanto precisamos nos conhecer para podermos olhar para o outro com um olhar compreensivo e acolhedor”.
Encontros da tarde
A primeira palestra da tarde foi com a psicopedagoga e arteterapeuta, Wanda Queiroz, que falou sobre “As emoções que nos movem”. “O profissional que trabalha com pessoas com deficiência e acolhimento da família, também precisa cuidar das emoções. A vida da gente é movida por emoções e quando trabalhamos com o desenvolvimento da pessoa, não temos como dimensionar o que essa pessoa está sentindo, precisamos desenvolver a empatia, de nos colocarmos no lugar do outro”. Wanda afirma que é importante saber escutar a pessoa, acolher e entender a situação. “Às vezes é suficiente para que a pessoa se sinta melhor”.
O segundo encontro foi com o diretor de escola, Anderson Barcelos Martins, que conversou com os profissionais sobre “Educação socioemocional”. Segundo Martins, quando se fala de aprendizagem, conteúdo e metodologia, muitas vezes se esquece que aquele sujeito, também precisa desenvolver uma competência socioemocional. “Antes de olhar para o outro, é preciso que o educador se veja, tenha um processo de autoconhecimento, entenda como está lidando com as suas emoções, para que consiga despertar inteligência emocional nas crianças e adolescentes que trabalha”. O diretor conta que é mais delicado ainda na Apae, porque é preciso olhar cada um na sua especificidade, além do diagnóstico e do que foi imposto pelo laudo. “Não conseguiremos desenvolver as competências emocionais da mesma forma, mas exige muito mais do educador a partir de metodologias, começando com paciência até o formato de trabalho”.
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