Apae Lajeado realiza Caminhada de Conscientização do Autismo

Para celebrar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) realizou na manhã desta quarta-feira (02) a tradicional Caminhada do Autismo. Com saída da frente da Apae, os profissionais, alunos e famílias caminharam até a Praça da Lyall, ao lado da Unimed, no São Cristóvão. Após o percurso, todos reunidos, soltaram balões azuis ao céu.

Para a diretora Ana Paula Rech, a Caminhada Azul é um movimento de reconhecimento e apoio aos pais e familiares de crianças com o Transtorno Espectro Autista (TEA). “Fazemos anualmente um evento simbólico que não deixa passar em branco o dia 2 de abril, Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Buscamos fazer que ações como esta sensibilizem as pessoas a aprimorar o olhar, a empatia e o respeito”. A diretora salienta que há muito tempo se sabe que as diferenças existem em todas as esferas da sociedade, nas relações, nos entendimentos, nos conceitos, mas o respeito e o acolhimento estão acima de qualquer posicionamento. “Com leveza e sensibilidade desejamos comemorar a data, valorizar os familiares e abraçar as pessoas com TEA e suas infinitas particularidades. Fica o respeito e compromisso da Apae de Lajeado com esse importante dia”.

A vice-presidente da Apae, Ana Cecília Togni, afirma que o 2 de abril é um dia que as pessoas conseguem ter uma conscientização mais efetiva do Transtorno Espectro Autista, por isso esses movimentos todos que acontecem são para que a comunidade em geral se volte para este grupo, que devem ser integrados na comunidade que estão inseridos. “Poder participar de todos esses eventos em prol da entidade é um motivo de alegria, desde quando assumi esta causa busco me fazer presente. É muito especial estar envolvida com alunos, professores, pais e famílias. É um grande movimento e que me ajuda a evoluir em aspectos profissionais e pessoais da vida”.

Para a mãe do estudante William de 15 anos, Rochele da Rosa Bueno, a Apae já faz parte da vida desde que o menino nasceu, quando já frequentava terapias na entidade pois nasceu com hidrocefalia. Mas foi depois que foi para a escola regular, aos quatro anos, que ficou sabendo que o menino tinha autismo. “Para nós esse dia é um marco histórico, um momento que chama a atenção do público e da comunidade. O dia deles é todos os dias, mas hoje conseguimos chamar a atenção. Nós mães e pais atípicos sabemos como é a convivência todos os dias. Os desafios, a superação, o medo e agora com ele adolescente posso dizer que o mais difícil vai passar. Hoje vejo William jovem e acalmo as mães de crianças pequenas, às mostrando que vão se acostumando com muitas atividades conforme vão crescendo”. A mãe conta que William aprendeu a gostar de música, sai em público, vai ao mercado e na academia com a família. “Não podemos abaixar a cabeça, temos que continuar e insistir que as coisas vão se organizando. Ele é meu mundo, sem ele não sei o que eu seria”, confessa a mãe.

Para a professora da Apae, Giovana Schossler, que trabalha há sete anos com as turmas de Independização, que atende exclusivamente crianças com TEA, essa é uma data importante para conscientizar e fazer com que as pessoas respeitem, compreendam e acolham, buscando os direitos das pessoas com autismo. “É muito gratificante poder comemorar mais um ano essa data junto a Apae”.