top of page

Caminhada do Autismo conscientiza comunidade

Na manhã dessa terça-feira (02) nem se pensava em discórdias de cores. Todos vestiam azul e carregavam a força do amor pelas pessoas com Transtorno Espectro Autista (TEA) através de faixas, folders, fitas comemorativas e de mãos dadas com alunos e usuários da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). A 5ª Caminhada de Conscientização do Autismo ocorreu na rua Júlio de Castilhos, do Banco do Brasil até o posto Shell. Mais de 150 pessoas entre alunos, usuários, famílias e profissionais participaram do evento, que também contou com a parceria dos Doadores da Alegria e do Coral e Grupo Instrumental da Sociedade Lajeadense de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Slan). Ao fim da caminhada as crianças e jovens da Slan cantaram e todos soltaram balões azuis.


O presidente da instituição, Régis Kunrath, conta que cada vez mais, crianças com as características do Transtorno Espectro Autista (TEA) são atendidos na Apae. A caminhada pretende trazer mais conscientização a população, mostrar a realidade e o trabalho realizado. “Queremos proporcionar um melhor convívio desses alunos e que estejam inseridos dentro da sociedade. Buscamos oferecer mais qualidade de vida para o alunos e famílias”, diz.


Segundo a diretora Ana Paula Müller a mobilização teve como objetivo a valorização das pessoas com autismo e suas famílias, além de entendimento e aceitação das particularidades do autismo e compromisso com a escolarização e desenvolvimento das potencialidades, autonomia e qualidade de vida. “Queríamos dar visibilidade para as ações da Apae na comunidade, homenagear e comemorar com alunos, usuários e famílias”.


Primeira caminhada – Eternizada nos corações


O manuseador da equoterapia da Apae de Lajeado, Lucas da Rosa, tem também o irmão Vinicius com autismo na instituição. Pela primeira vez na caminhada, afirma que o irmão caçula gosta de fazer atividades diferentes. “Tudo é aprendizado, vamos convivendo e aprendendo com o jeito deles. Adoro trabalhar na Apae, vejo as crianças felizes e se desenvolvendo na instituição”.


Para a monitora da Apae Gislaine Alves, vivenciar esse momento foi lindo e emocionante. “Feliz em fazer parte e conhecer mais do TEA. É especial poder viver essa outra realidade do autismo, conhecendo e convivendo com eles. Já aprendi a entender os gestos, olhares e o que precisam”, conta.


Suzana Hammes (40) é mãe da Hana (4) que teve uma doença congênita e o autismo foi identificado como uma das características. “Foi emocionante participar dessa caminhada. Muito acolhedor saber que a comunidade cada vez mais se conscientiza e inclui as crianças e famílias”. Suzana afirma que se envolve e busca dar maior qualidade de vida para a filha, assim como a Apae e todos aqueles que lutam a favor dessas crianças e famílias.


Para a professora da turma do Ciclo I C Independização, Alana Scherer, não foi a primeira vez, mas todos os anos sente uma nova emoção, se renovam as energias e comemora fazer parte desse momento. “Desde que entrei na Apae, aprendi a valorizar as pequenas coisas, os pequenos gestos e conquistas. Sou muito feliz em fazer parte desses momentos”.


Apae de Lajeado


Atualmente a Escola de Educação Especial Bem Me Quer, mantida pela Apae de Lajeado, conta com sete turmas (específicas) de Independização que atendem alunos com autismo. Dos 115 alunos atendidos pela Apae, mais de 70 tem o diagnóstico do TEA.


Outros atendimentos e ações para as pessoas com TEA são oferecidas na Clínica que atende mais de 230 crianças e jovens com deficiência. Entre as áreas de atendimento estão a neuropediatria, psicologia, terapia ocupacional, equoterapia, hidroterapia, fonoaudiologia, fisioterapia, psicopedagogia, atendimentos na sala multissensorial Snoezelen, inserção no mercado de trabalho, entre outros.


Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
bottom of page