APAE Lajeado realiza 2ª Cavalgada Equovita
Cavalos de verdade eram apenas dois: o Pitiço e o Amigo. Mas as crianças e jovens da escola da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) estavam segurando ou vestindo seus cavalos confeccionados por eles mesmos com a ajuda dos professores. A 2ª Cavalgada Equovita buscou comemorar o Dia Nacional da Equoterapia, comemorado no dia 9 de agosto. No Brasil, os centros se mobilizam para valorizar a data e a importância da atividade no processo de reabilitação de praticantes e também na melhora da qualidade de vida do usuário e da sua família. A Cavalgada ocorreu no Parque do Imigrante e contou com a presença de aproximadamente 90 pessoas entre praticantes, famílias e alunos da escola.
O momento simbólico busca reforçar a importância do cavalo como instrumento terapêutico, que contribui com o desenvolvimento motor, cognitivo e emocional dos praticantes. Na APAE de Lajeado o Projeto de Equoterapia Equovita é desenvolvido há nove anos, realizado em todas as quintas-feiras. A entidade atende 20 praticantes e conta com uma equipe de seis profissionais: psicóloga, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e fonoaudióloga, além de dois auxiliares e guias e os dois cavalos.
A estimuladora precoce Juliane Walter afirma que a cavalgada foi para além de divulgar externamente o Dia Nacional da Equoterapia, mostrar para as famílias da entidade e de fora como funcionam os atendimentos. “Não existe comparação com outro atendimento de sala, afinal utilizamos um espaço diferente com o instrumento terapêutico que é o cavalo, que proporciona sensações e aprendizados muito diferentes na criança”, diz.
Conforme a diretora Ana Paula Müller a equipe da APAE já reconhece a importância da equoterapia e dos benefícios para os praticantes. “Essa cavalgada é uma ação simbólica que representa um projeto sério de equoterapia. É preciso ter uma equipe organizada e qualificada, animais apropriados e valorizar a participação de praticantes e familiares. A mobilização de hoje mostra que reconhecemos a importância do projeto, a atuação dos profissionais e o esforço das famílias que trazem seus filhos para praticar”, conta a diretora, afirmando que cada vez mais a equoterapia está se consolidando como terapia reconhecida, promovendo inúmeros benefícios. “Para nós apaeanos esse evento é festivo, mas também de conscientização”.
A mãe de Ayssa de oito anos que tem epilepsia, atraso no desenvolvimento intelectual, além de autismo leve, Michele Gross, conta que a equoterapia mudou a vida da filha. “Ela melhorou o equilíbrio do corpo, deixou de ter medo de altura, enfrenta mais desafios, adora qualquer tipo de bicho e aumentou a autoestima. Percebemos ela mais animada e disposta”, conta a mãe que afirma que a APAE tem nota mil na sua vida. “Na entidade ela desenvolveu a fala e mudou o comportamento. Só trouxe melhorias para minha pequena”, diz.